Atendimento fica restrito com greve dos médicos em Campo Grande
Pessoas estão voltando para casa sem receber nenhum atendimento.
Médicos reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
Com a greve dos médicos que atendem as unidades de saúde da prefeitura de Campo Grande, que começou a zero hora desta quarta-feira (6), o atendimento a população da cidade já está sendo prejudicado. Em várias unidades de saúde, as pessoas estão voltando para casa, sem receber nenhum tipo de atendimento ou auxílio, ao se depararem com placas que informam sobre a paralisação.
Uma das pessoas que vivenciou o problema nesta quarta-feira foi a dona de casa Sirlene de Almeida. Com a filha passando mal em razão de uma bronquite, ela disse que ao G1 nesta manhã que já havia procurado socorro em duas unidades de saúde, mas não foi atendida em nenhuma delas. “Nos postos me disseram que estavam em greve e que não atenderiam”, lamentou a mulher.
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Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Universitária, as pessoas que buscam atendimento encontram apenas um aviso dizendo que com a greve dos médicos o atendimento está restrito apenas aos casos de urgência e emergência. Segundo a direção da unidade, seis clínicos estão atendendo os pacientes que se enquadram nestes tipos de caso.
Já no Centro de Especialidades Médicas (CEM), no centro da cidade, as pessoas que buscam atendimento estão sem saber o que fazer diante do quadro de paralisação do médicos. Dos 49 profissionais que deveriam atender no local nesta quarta, apenas nove estão trabalhando. Como resultado, os 160 exames previamente agendados foram todos desmarcados, assim como boa parte das 600 consultoras ambulatoriais.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), os médicos que estão nas unidades básicas (UBS) estão atendendo 16 pacientes por período, enquanto que nas unidades básicas de saúde da família (Ubsf), cada profissional está realizando, neste quadro de atendimento restrito, 12 consultas por período.
Causa
O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed/MS), Valdir Shigueiro Siroma, disse que a categoria iniciou a greve porque reivindica mais investimentos em saúde no município e melhores condições de trabalho para os profissionais, além de reajuste salarial e retomada das gratificações que foram cortadas pelo município.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed/MS), Valdir Shigueiro Siroma, disse que a categoria iniciou a greve porque reivindica mais investimentos em saúde no município e melhores condições de trabalho para os profissionais, além de reajuste salarial e retomada das gratificações que foram cortadas pelo município.
Siroma disse que como a prefeitura havia informado previamente que não haveria negociação com a categoria, a “única alternativa que sobrou para os médicos foi a greve”.
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