Wanessa Camargo está de volta ao sertanejo com seu CD "33", mas cantar o poder feminino não é novidade na carreira da filha de Zezé e Zilu. Com palavras de ordem como "poderosa, atrevida, ninguém se mete mais na minha vida", da música "Amor, Amor", ela já falava diretamente com a mulher. E acredita que, em 2005, rolava uma identicação da parte delas.
"A gente vive em um mundo muito machista, ainda que velado. A mulher não podia falar que bebia, que traía, que ia para a balada e ficava restrita ao 'eu te amo' e 'você é o amor da minha vida'. Em 2005, as minhas músicas eram muito românticas, mas comecei a fazer música falando 'poderosa, atrevida' e teve uma identificação muito forte com o público feminino".A cantora também lembra que um ano antes, em 2004, tentou emplacar o single "Culpada", que fala de uma mulher empoderada que trai o cara, mas não foi para frente ou sequer tocou nas rádios"No show, os homens quase viravam as costas para mim. A música falava 'Eu também te traí/Eu também te enganei/O sabor do pecado/Eu também já provei' e ninguém deu moral para esta música. Era uma porrada, uma música incrível, mas as pessoas não estavam preparadas para ouvir naquela época. Uma andorinha só não faz verão. Acho importante esses discursos tomarem conta hoje em dia porque ganha força."Com o novo trabalho em mãos, Wanessa salienta que agora está de volta com a linguagem que trabalhava antigamente, já que seu ciclo mais pop, ou mais "Xainiron", tinha um começo, meio e fim. "Isso só se estenderia se eu fosse trabalhar no exterior, sempre foi assim e eu não conseguiria ficar aqui no Brasil cantando a vida inteira em inglês. Então retomei o sertanejo, com um pouco de folk e country na minha vida", explica.
Rafinha Bastos
Um momento particularmente tenso da trajetória pública de Wanessa envolveu o apresentador Rafinha Bastos. Em 2011, na época à frente do "CQC", ele fez uma piada sobre a cantora e seu filho, que ainda estava na barriga. Wanessa abriu um processo judicial contra o humorista; um marco no debate sobre o feminismo e os limites do humor.
"Aquilo foi algo muito pessoal, uma ofensa. Não pela piada em si, mas tudo o que se criou em volta dela. Não foi só aquela declaração, mas foi um apanhado de ações que foram se criando e que foram desagradáveis. [O processo] também foi para defender uma criança que ainda nem havia nascido e que foi colocada neste caldeirão. Foi para defender minha família. Sou super a favor do humor, mas não gosto de piadas racistas, de gêneros ou que ofendem as diferenças das pessoas", declara!
Um momento particularmente tenso da trajetória pública de Wanessa envolveu o apresentador Rafinha Bastos. Em 2011, na época à frente do "CQC", ele fez uma piada sobre a cantora e seu filho, que ainda estava na barriga. Wanessa abriu um processo judicial contra o humorista; um marco no debate sobre o feminismo e os limites do humor.
"Aquilo foi algo muito pessoal, uma ofensa. Não pela piada em si, mas tudo o que se criou em volta dela. Não foi só aquela declaração, mas foi um apanhado de ações que foram se criando e que foram desagradáveis. [O processo] também foi para defender uma criança que ainda nem havia nascido e que foi colocada neste caldeirão. Foi para defender minha família. Sou super a favor do humor, mas não gosto de piadas racistas, de gêneros ou que ofendem as diferenças das pessoas", declara!
Nenhum comentário:
Postar um comentário