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domingo, 29 de janeiro de 2017

Casa Branca volta atrás e diz que veto não atingirá portadores do 'green card' | Mundo | G1

Casa Branca volta atrás e diz que veto não atingirá portadores do 'green card' | Mundo 

O chefe de gabinete de Donald Trump afirmou neste domingo (29) que estrangeiros que tiverem a autorização permanente de residência nos Estados Unidos, que é chamada de "green card", não estarão inclusos no veto imposto pelo governo a imigrantes e viajantes de países de maioria muçulmana.
A restrição imposta na sexta-feira (27), válida por 90 dias, atinge pessoas nascidas em sete países: Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, Líbia e Somália. Trump também suspendeu o programa de recepção de refugiados durante pelo menos 120 dias, enquanto as autoridades definem o futuro sistema de verificação de vistos.
No sábado (28), o Departamento de Segurança Doméstica tinha anunciado a restrição na entrada mesmo aos detentores do chamado "green card".
Até então, os vistos permanentes concedidos pelos EUA permitiam que imigrantes permanecessem no país sem as restrições de outros vistos. Os seus detentores podiam sair do país e voltar a ele sem que tivessem de renovar o documento. Eles só não podiam se ausentar dos EUA por mais de um ano ou por longos períodos sucessivos.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala da Casa Branca, em imagem de arquivo de 27 de janeiro (Foto: Evan Vucci/ AP)Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala da Casa Branca, em imagem de arquivo de 27 de janeiro (Foto: Evan Vucci/ AP)
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala da Casa Branca, em imagem de arquivo de 27 de janeiro (Foto: Evan Vucci/ AP)

Regras imprecisas

No entanto, o chefe de gabinete, Reince Priebus, afirmou em entrevista ao canal NBC News que os agentes de fronteira terão autoridade para deter e questionar viajantes suspeitos vindos de certos países. Assim, a declaração que, em princípio, reverteria o anúncio do departamento de segurança parece aumentar a incerteza para os estrangeiros já que não se sabe como a ordem executiva será interpretada e aplicada nos próximos dias.
Ele também sugeriu que a ordem executiva poderia abranger mais do que os sete países atualmente incluídos na proibição. "Talvez outros países precisassem ser adicionados a uma ordem executiva no futuro”, afirmou.
Priebus disse que mesmo americanos podem ser alvo de questionamentos dos agentes de fronteira. "Eu acredito que, se você é um cidadão americano que está indo e voltando para a Líbia, é provável que seja submetido a mais questionamentos quando você entrar em um aeroporto", disse Priebus.
No sábado (28), um dia após o anúncio da medida, os aeroportos dos Estados Unidos registraram confusão e protestos de funcionários que tentavam interpretar as novas medidas. Entre 100 e 200 estrangeiros, alguns com autorização legal, tiveram a entrada nos Estados Unidos negada, segundo levantamento da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, da sigla em inglês) .
A juíza federal Ann Donnelly aceitou um pedido da ACLU para suspender as deportações de refugiados e imigrantes que estão ou chegarão aos Estados Unidos e que tenham vistos válidos.

Controle de fronteiras

Donald Trump defendeu neste domingo o aumento no controle de fronteiras. Para o chefe de estado americano, falta de regulação na Europa e no mundo provoca "bagunça". A declaração acontece dias após ele anunciar a construção do muro na fronteira com o México e restringir a entrada de estrangeiros no país!

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