Tony Ramos faz balanço de 'A Regra' e fala de violência na TV: 'Tudo tem que ser abordado'!

A Regra do Jogo, que está em sua reta final, foi uma novela intensa para Tony Ramos. Zé Maria, seu personagem na trama das 9, passou pelas mais diversas transformações e ações. Sempre em fuga, o bandido mudou drasticamente o visual e até se virou contra a facção criminosa da qual fazia parte. Mesmo assim, Tony vislumbra um final nada bom para o pai de Juliano (Cauã Reymond) e Aninha (Letícia Braga).

“Ele merece uma punição severa: a morte ou uma pena dessas que são combinadas, que levariam ele à prisão e a nunca mais sair. É o mínimo que se espera. Eu não vejo outra saída bonitinha, de final feliz. Impossível! Não seria nem uma mensagem boa. Seria uma saída real, como lição. Esse homem fez muita maldade”, opina.

Apesar do desejo de um fim justo para Zé Maria, o ator consegue definir o que o encantou no personagem ao longo dos últimos meses: o amor pelos filhos.

“Ele sempre sonhou em ter uma família normal. Mas, onde ele esteve esse tempo todo, ele jamais poderia ter. A culpa sempre o habitava. De alguma forma, ele sempre iria se lembrar daquela chacina que ele cometeu e de outros crimes. Resultado: eu acho que sempre rejeitei a violência do Zé Maria, desde o momento que eu li os primeiros cinco capítulos. Mas sempre gostei do amor paternal dele com os dois filhos”, aponta.


da dramaturgia (Foto: Pedro Carrilho / Gshow)
Olhando para trás e colhendo os frutos hoje, Tony Ramos faz um balanço positivo da trama de João Emanuel Carneiro:
“O balanço que eu faço é de vitória. É um personagem que começou numa novela com muitas modernidades e mostrando a violência que está por debaixo dos panos. Muita gente não quer que se mostre a violência e vão empurrando para debaixo do tapete. E este autor, não. Gloriosamente, ele mostrou a violência. Tudo tem que ser abordado. Toda violência deve ser abordada como um alerta e como a gente pode criar esperanças. Dramaturgia é isso”
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